A
partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema
OS
DESAFIOS DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO
Apresente
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO
I
O
relator especial da ONU Juan E. Méndez, especialista independente
sobre Direitos Humanos, visitou locais de detenção no Brasil no ano
passado e apresentará nesta terça-feira (7), em Genebra, um
relatório no qual denuncia a prática de tortura e maus-tratos e
descreve a situação que encontrou como “cruel, desumana e
degradante, devido à grave superlotação”.
Ele afirma no relatório que ouviu diversos relatos de prisioneiros que apontam para o uso frequente de tortura e maus-tratos no Brasil. As práticas são aplicadas no momento da detenção e em interrogatórios, pela polícia, e no tratamento nas prisões, pelos agentes penitenciários, que raramente são levados à Justiça.
Ele afirma no relatório que ouviu diversos relatos de prisioneiros que apontam para o uso frequente de tortura e maus-tratos no Brasil. As práticas são aplicadas no momento da detenção e em interrogatórios, pela polícia, e no tratamento nas prisões, pelos agentes penitenciários, que raramente são levados à Justiça.
Os
métodos mais frequentes incluem, segundo Méndez, chutes, tapas,
sufocamento, choques elétricos, uso de sprays de pimenta, de gás
lacrimogêneo, bombas de ruído e balas de borracha, além de abuso
verbal e ameaças. As práticas, segundo notou o especialista, estão
arraigadas de tal maneira que parecem “neutralizadas” e os
detentos as mencionam apenas quando perguntados.
Disponível
em:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/03/relator-da-onu-denuncia-situacao-cruel-em-prisoes-do-brasil.html
TEXTO
II
Por
Dr. Dáuzio Varella
[...]
Domingo passado, o “Fantástico” apresentou o caso de um
traficante preso com 120 quilos de maconha. As imagens iniciais
mostravam os pacotes com a droga e uma centena de balas enormes, que
imagino serem de fuzil.
Em
seguida, aparecia a mãe do rapaz (por acaso, uma desembargadora)
indo buscar o filho na porta da cadeia, com o alvará de soltura
expedido por um colega de trabalho.
A
justificativa dada ao repórter pelo desembargador e pelo advogado de
defesa foi a mesma: o réu seria transferido para uma clínica por
ser portador de uma enfermidade denominada transtorno borderline,
patologia de diagnóstico incerto, fonte de discussões e desacordos
entre os psiquiatras.
No
dia seguinte, dei uma aula sobre saúde para cerca de 200 mulheres
presas na Penitenciária Feminina da Capital, em Santana, na Zona
Norte.
No
final, quando me coloquei à disposição para as perguntas, uma
senhora que aparentava 50 anos ficou em pé:
– Fui
presa em flagrante na portaria de uma cadeia, em Guarulhos, levando
para o meu marido 55 gramas de cocaína. Eu sofro de depressão
crônica, me trato no Hospital das Clínicas, tomo remédio tarja
preta e já tentei me matar duas vezes. E o filho dessa
desembargadora? Cento e vinte quilos, fora as balas, doutor!
Em
meu lugar, o que você responderia, leitor?
Já
abordei nesta coluna o caso dessas mulheres que levam droga para o
interior das cadeias. Algumas são traficantes profissionais, mas
outras não o fazem por dinheiro; acondicionam cocaína e maconha em
invólucros impermeáveis, introduzidos na vagina para atender a
solicitações de maridos, namorados e familiares que as chantageiam
com súplicas de ajuda, para não morrer nas mãos de assassinos
impiedosos.
Se
essa mulher vai presa, qual será o futuro dos filhos? O que a
sociedade ganha com essas prisões? Que impacto tem, na economia do
tráfico, a quantidade de droga que cabe numa vagina?
Você
não pode imaginar, caro leitor, a revolta das mulheres na
Penitenciária, quando foi libertada a esposa do ex-governador do Rio
de Janeiro, com a justificativa de ser mãe de um menino de catorze e
outro de doze anos carentes de cuidados maternos.
Como
explicar que elas não têm direito à lei da qual se valeu essa
senhora, cujo marido roubou muitos milhões a mais do que a somatória
de todos os furtos e assaltos praticados pelas 2.200 prisioneiras da
cadeia?
Disponível
em: https://drauziovarella.com.br/drauzio/desigualdade-judiciaria/
TEXTO
III
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IV
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V
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