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PROPOSTA DE REDAÇÃO DA SEMANA (18 a 24 de setembro de 2017)

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema

OS DESAFIOS DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO

Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O relator especial da ONU Juan E. Méndez, especialista independente sobre Direitos Humanos, visitou locais de detenção no Brasil no ano passado e apresentará nesta terça-feira (7), em Genebra, um relatório no qual denuncia a prática de tortura e maus-tratos e descreve a situação que encontrou como “cruel, desumana e degradante, devido à grave superlotação”.

Ele afirma no relatório que ouviu diversos relatos de prisioneiros que apontam para o uso frequente de tortura e maus-tratos no Brasil. As práticas são aplicadas no momento da detenção e em interrogatórios, pela polícia, e no tratamento nas prisões, pelos agentes penitenciários, que raramente são levados à Justiça.

Os métodos mais frequentes incluem, segundo Méndez, chutes, tapas, sufocamento, choques elétricos, uso de sprays de pimenta, de gás lacrimogêneo, bombas de ruído e balas de borracha, além de abuso verbal e ameaças. As práticas, segundo notou o especialista, estão arraigadas de tal maneira que parecem “neutralizadas” e os detentos as mencionam apenas quando perguntados.
Disponível em: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/03/relator-da-onu-denuncia-situacao-cruel-em-prisoes-do-brasil.html

TEXTO II
Por Dr. Dáuzio Varella
[...] Domingo passado, o “Fantástico” apresentou o caso de um traficante preso com 120 quilos de maconha. As imagens iniciais mostravam os pacotes com a droga e uma centena de balas enormes, que imagino serem de fuzil.

Em seguida, aparecia a mãe do rapaz (por acaso, uma desembargadora) indo buscar o filho na porta da cadeia, com o alvará de soltura expedido por um colega de trabalho.

A justificativa dada ao repórter pelo desembargador e pelo advogado de defesa foi a mesma: o réu seria transferido para uma clínica por ser portador de uma enfermidade denominada transtorno borderline, patologia de diagnóstico incerto, fonte de discussões e desacordos entre os psiquiatras.

No dia seguinte, dei uma aula sobre saúde para cerca de 200 mulheres presas na Penitenciária Feminina da Capital, em Santana, na Zona Norte.

No final, quando me coloquei à disposição para as perguntas, uma senhora que aparentava 50 anos ficou em pé:

Fui presa em flagrante na portaria de uma cadeia, em Guarulhos, levando para o meu marido 55 gramas de cocaína. Eu sofro de depressão crônica, me trato no Hospital das Clínicas, tomo remédio tarja preta e já tentei me matar duas vezes. E o filho dessa desembargadora? Cento e vinte quilos, fora as balas, doutor!

Em meu lugar, o que você responderia, leitor?

Já abordei nesta coluna o caso dessas mulheres que levam droga para o interior das cadeias. Algumas são traficantes profissionais, mas outras não o fazem por dinheiro; acondicionam cocaína e maconha em invólucros impermeáveis, introduzidos na vagina para atender a solicitações de maridos, namorados e familiares que as chantageiam com súplicas de ajuda, para não morrer nas mãos de assassinos impiedosos.

Se essa mulher vai presa, qual será o futuro dos filhos? O que a sociedade ganha com essas prisões? Que impacto tem, na economia do tráfico, a quantidade de droga que cabe numa vagina?

Você não pode imaginar, caro leitor, a revolta das mulheres na Penitenciária, quando foi libertada a esposa do ex-governador do Rio de Janeiro, com a justificativa de ser mãe de um menino de catorze e outro de doze anos carentes de cuidados maternos.

Como explicar que elas não têm direito à lei da qual se valeu essa senhora, cujo marido roubou muitos milhões a mais do que a somatória de todos os furtos e assaltos praticados pelas 2.200 prisioneiras da cadeia?
Disponível em: https://drauziovarella.com.br/drauzio/desigualdade-judiciaria/

TEXTO III




TEXTO IV




TEXTO V




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