A
partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema
AS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS DAS COTAS RACIAIS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS
Apresente
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Como
funciona o sistema de cotas aprovado no Congresso?
O texto fala sobre "o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio". Isso quer dizer que o sistema é aplicado na hora de selecionar os estudantes para as vagas nos cursos de ensino superior das universidades e institutos federais, além das vagas do ensino médio disponíveis nos institutos federais.
O texto fala sobre "o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio". Isso quer dizer que o sistema é aplicado na hora de selecionar os estudantes para as vagas nos cursos de ensino superior das universidades e institutos federais, além das vagas do ensino médio disponíveis nos institutos federais.
Os
candidatos serão selecionados para as vagas de acordo com a nota que
obtiverem nos processo seletivos. Atualmente, a maioria das
universidades federais faz a seleção dos novos alunos por meio do
Sistema de Seleção Unificada (Sisu), promovido pelo Ministério da
Educação com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem). Algumas também destinam parte das vagas para aprovados em
vestibulares próprios da instituição.
De
acordo com a redação final do projeto aprovado, metade das vagas do
vestibular destas instituições serão de ampla concorrência, ou
seja, não há pré-requisitos específicos para os candidatos
inscritos no processo seletivo. A outra metade das vagas será
reservada para disputa apenas de quem preencher os requisitos.
Disponível
em:
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/08/tire-duvidas-sobre-lei-de-cotas-sociais-nas-universidades-federais.html
TEXTO II
Os
receios de que as cotas rebaixariam o nível dos cursos, gerariam
evasão ou afetariam a excelência da universidade não se
verificaram.
Segundo
Naércio Menezes, do Insper e da USP, que estudou o sistema, "a
nota dos cotistas no Enem é menor do que a dos não cotistas (senão
as cotas não seriam necessárias), mas a diferença é pequena".
No
acesso aos cursos de medicina das universidades federais, a nota para
os não cotistas foi de 787 pontos e, para os cotistas, 761 pontos,
uma diferença de 3%. A maior variação (11%) foi registrada nos
cursos de economia. A diferença –que excluiria os cotistas se não
houvesse reserva de vagas– pode ser igualada ou superada no
decorrer dos cursos.
A
Uerj, a primeira a aderir às cotas, em 2003, analisou as notas dos
alunos por cinco anos. Os cotistas tiveram, em média, desempenho
ligeiramente superior aos não cotistas: 6,41 contra 6,37. Não há
diferença significativa entre os dois grupos na evasão escolar.
Finalmente, teremos
cotas em todos os cursos da USP,
a penúltima universidade a adotar essa exitosa política afirmativa.
Em 32 anos de docência da USP, conto nos dedos os alunos PPI que
tive nos cursos que ministrei. Minha experiência é a regra,
sobretudo nas engenharias, direito, medicina, economia e arquitetura.
As
cotas vão apenas atenuar a distorção. Finalizada a transição, em
2021, apenas 18,75% das vagas serão reservadas para os PPI, embora
eles sejam 37,5% da população do Estado e 52% do país.
Os
brancos pobres, egressos da escola pública, também terão espaço
menor do que seu peso na população. A chamada elite branca –que
frequenta as escolas privadas– ainda terá a maior fatia, 50% das
vagas para apenas 17% dos que se formam no ensino médio.
O
sistema de cotas é necessário, mas insuficiente. Melhorar a
educação básica, ampliar as vagas na universidade pública e
aperfeiçoar as ações afirmativas é essencial para reduzir as
desigualdades.
Que
a adoção das cotas não seja uma estrela solitária, mas um
prenúncio de que ventos novos, de democratização, estão soprando
na USP.
Disponível
em:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/nabil-bonduki/2017/07/1900162-cotas-sociais-e-raciais-sao-um-indicio-de-que-ventos-novos-sopram-na-usp.shtml
TEXTO III
Organização
das Nações Unidas (ONU) reafirmou nesta quarta-feira (25 de abril
de 2012) seu apoio à política de cotas raciais nas universidades
brasileiras. Em nota, a organização disse reconhecer os esforços
do Estado e da sociedade no País no combate às desigualdades e na
implementação de políticas afirmativas.
"O
Sistema das Nações Unidas no Brasil reconhece a adoção de
políticas que possibilitem a maior integração de grupos cujas
oportunidades do exercício pleno de direitos têm sido
historicamente restringidas, como as populações de
afrodescendentes, indígenas, mulheres e pessoas com deficiências",
diz a nota.
A
constitucionalidade da reserva de vagas em universidades públicas,
com base no sistema de cotas raciais da Universidade de Brasília
(UnB), é julgada hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação
foi ajuizada pelo partido Democratas (DEM), em 2009.
De
acordo com a ONU, o Brasil reduziu, nos últimos anos, as taxas de
analfabetismo, pobreza, desnutrição infantil e aumentou a
quantidade de anos de estudos de sua população. Ainda assim, o País
ainda tem desigualdades de gênero, raça e etnia. Segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 70%
da população considerada pobre é negra, enquanto entre os 10% mais
ricos, apenas 24% são negros.
A
organização destacou ainda os compromissos assumidos pela
comunidade internacional em grandes conferências mundiais. O Brasil,
membro das Nações Unidas desde sua criação, em 1945, é
signatário de boa parte desses instrumentos de proteção, desde os
mais gerais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, até
os mais específicos, como a Convenção Internacional sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (Cerd,
sigla em inglês).
Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/onu-defende-cotas-raciais-em-universidades-publicas-do-brasil,500a42ba7d2da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
TEXTO IV
TEXTO V
Outras fontes de pesquisa:
http://www.politize.com.br/cotas-raciais-no-brasil-o-que-sao/
http://jornal.usp.br/especial/inclusao-social/o-lugar-do-merito-no-debate-sobre-as-cotas-raciais/
http://www.cartaeducacao.com.br/new-rss/entenda-como-funcionam-as-cotas-raciais/
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