A
partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema
O
SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO: UMA CONQUISTA OU UM ENTRAVE À
DEMOCRACIA?
Apresente
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO
I
O
Brasil é um país reconhecido pela sua ampla representatividade
democrática. No entanto, nem sempre foi assim. Houve momentos em
nossa história de grandes restrições ao direito de participação
popular no processo de escolha dos governantes: as mulheres não
tinham direito de votar; o voto era definido pela renda (voto
censitário – direito apenas dos ricos) e, ainda, controlado por
coronéis (voto de cabresto).
Desse
modo, no atual contexto político e social do Brasil, os dias
destinados à realização das eleições representam um dos raros
momentos em que todos se igualam, pois não há diferença de raça,
sexo, condição financeira, classe ou grupo social, já que existe
igualdade de valor no voto dado por cada cidadão.
Diante
da liberdade e da igualdade no exercício da soberania popular, é
fundamental que o voto seja consciente, pois esse é um fator
preponderante para que se alcance um resultado satisfatório no
pleito.
Mas
como alcançar essa consciência?
Conhecer
o funcionamento do processo eleitoral brasileiro, entender o sistema
por meio do qual os candidatos são eleitos, perceber o que é
legítimo e aquilo que ofende a moralidade da disputa eleitoral
contribui para a conscientização do eleitor na escolha de seus
representantes.
É
importante que o eleitor procure se informar a respeito das ideias do
partido político ao qual o seu candidato está filiado, pois a
ideologia partidária – ou seja, os propósitos daquela legenda –
está ligada ao que o candidato escolhido realizará se for eleito.
O
eleitor deve estar atento à atuação de cada candidato. Aqueles que
possam tentar comprar votos ou oferecer alguma vantagem em troca de
apoio político certamente continuarão a promover a corrupção se
forem eleitos.
Precisamos
entender, contudo, que nem todo político é igual ou corrupto.
Existem candidatos interessados em promover uma mudança social e
política, por isso devemos buscar conhecer as propostas do candidato
e do seu partido, assim como o seu passado.
De
outra parte, considerando que, nas eleições municipais deste ano,
haverá disputa para os cargos de prefeito e de vereador, é
importante – para o aperfeiçoamento da conscientização cívica –
distinguir os sistemas por meio dos quais serão eleitos os
candidatos.
No
Brasil, as eleições realizam-se por meio de dois sistemas, a saber:
o sistema majoritário, aplicado aos cargos do Poder Executivo
(presidente, governador e prefeito) e ao cargo de senador; e o
sistema proporcional, adotado para os cargos do Poder Legislativo
(deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador),
exceto para senador.
Disponível
em:
http://www.tse.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/revistas-da-eje/artigos/revista-eletronica-ano-ii-no-5/voto-consciente-um-forte-instrumento-de-mudanca-politica-e-social
Acessado em 19 de agosto de 2016.
TEXTO
II
Você
liga a TV e as mesmas palavras aparecem: desvio de dinheiro público,
improbidade administrativa, caixa 2. Sem falar nos deslizes que os
governos cometem mesmo quando são bem-intencionados. Diante de tanta
desilusão com a política no Brasil, muita gente decide chutar o
balde, recusar todos os candidatos de uma vez e votar nulo. Outros se
perguntam se, afinal de contas, o ato de anular tem algum valor para
melhorar o país.
Na
história, o voto nulo já foi uma bandeira ideológica. Era uma
ideia básica dos anarquistas, um dos movimentos utópicos que
nasceram no século 19 e fizeram sucesso no começo do século 20.
Para eles, votar nulo era uma condição para manter a própria
liberdade, se recusando a entregá-la na mão de um líder. (…)
Quando
o país votava escrevendo em cédulas de papel, era comum aparecerem
entre os vencedores personagens esquisitos, como o rinoceronte
Cacareco, campeão de votos a vereador de São Paulo em 1958, ou o
bode Cheiroso, eleito vereador em Pernambuco. (…)
O
voto nulo não serve como protesto, mas como exercício de
consciência: se o eleitor não conhece os candidatos bem o
suficiente para votar neles, é melhor ficar quieto e não votar em
ninguém. (…) O voto nulo pode ser um direito jogado fora, mas
também uma escolha consciente de quem não se sente apto para tomar
uma decisão.
Disponível
em: <http://super.abril.com.br/cultura/adianta-votar-nulo>
Acesso em 20 jun. 2016 (Adaptado)
TEXTO
III
Sufrágio
Universal: Eleições
Antes
do século 20, escolher representantes era privilégio de poucos. A
história do sufrágio universal, o direito do ser humano de escolher
de forma livre seus representantes mediante o voto, é bem recente. E
ainda incompleta. Neste momento, menos de metade das pessoas do
planeta vive em democracias. Mas essa situação já é um avanço
considerável. (…)
O
voto feminino foi uma conquista árdua. No Brasil, no início do
século 20, a advogada carioca Myrthes de Campos (a primeira mulher a
ingressar na Ordem dos Advogados do Brasil, em 1906) teve negado o
pedido de participar das eleições. Esse direito só foi reconhecido
às mulheres com o Código Eleitoral de 1932. E olha que o Brasil
estava na vanguarda. Na Suíça e em Portugal, o “voto de saias”
só virou lei, respectivamente, em 1971 e 1974.
Em
compensação, no Brasil, o direito de voto aos analfabetos, previsto
até 1889 e depois negado, só foi restabelecido a partir de 1985.
Fomos o último país da América do Sul a fazê-lo.
Disponível
em:<http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/sufragio-universal-eleicoes-436279.shtml>
Acesso em 20 de jun. 2016 (Adaptado)
TEXTO IV
TEXTO V

TEXTO VI
Comentários
Postar um comentário