As mulheres são maioria nas Escolas e Universidades brasileiras. No entanto, ainda são pouco reconhecidas no meio acadêmico, intelectual e profissional. Além disso, elas são minoria nos altos cargos de gestão e no meio político.
Pensando em valorizar as conquistas femininas e incentivar outras garotas a estudarem e romperem as barreiras sociais, o Simplifica Redação apresenta 10 mulheres incríveis que fizeram do estudo a sua realização pessoal.
Inspire-se!
 |
Enedina
Alves Marques foi a primeira mulher negra a se formar em engenharia
no Brasil. Nascida em 1913, de família pobre, ela cursou engenharia
e se formou aos 30 anos no Instituto de Engenharia do Paraná
(IEP). Em agosto de 1981, foi vítima de um infarte.
O
cineasta Paulo Munhoz e o historiador Sandro Luis Fernando
pesquisaram a vida de Enedina e pretendem lançar um documentário
sobre sua vida pessoal e acadêmica.
|
 |
Mathilde
Krim (1926 - presente) - Citogeneticista italiana que realizou
diversos estudos sobre vírus causadores de câncer. Foi a
responsável pela fundação da Aids Medical Foundation em 1982, que
se tornou a amFar (The Foundation for Aids Research), a principal
instituição de pesquisa sobre a síndrome em todo o mundo.
|
 |
Sonia
sonhava em ser engenheira, mas foi em sua última opção do
vestibular, em 1970. Na época, ela prestou física no Mapofei, um
vestibular criado em 1969 para a área de exatas nas
universidades Instituto Mauá de Tecnologia, na Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e na Faculdade
de Engenharia Industrial (FEI), e se apaixonou.
Hoje,
Sonia é a primeira negra brasileira doutora em física pela
University of Manchester Institute of Science and Technology e
compõe, há 24 anos, o corpo docente do Instituto Tecnológico da
Aeronáutica (ITA). Ela
atua na área de física aplicada, com ênfase em Propriedade
Eletróticas de Ligas Semicondutoras Crescidas Epitaxialmente, e já
conduziu pesquisas sobre sensores de radiação infravermelha.
|
 |
A
jovem Sabrina Gonzalez Pasterski, de Illinois, nos Estados
Unidos, é a mais nova queridinha do meio científico. Com apenas 14
anos, desenhou e construiu seu próprio monomotor. E fez questão de
pilotá-lo, fato que a tornou a pessoa mais jovem a pilotar um
avião em todo o mundo. Sabrina já frequentou escolas tradicionais e
disputadíssimas, como a Illinois Mathematics and Science Academy, o
MIT (Massachusetts Institute of Technology), onde obteve notas acima
da média, e atualmente está focada em seu doutorado em
Harvard. Apesar de ter recebido ofertas milionárias para
trabalhar em empresas aeroespaciais, o objetivo de Sabrina é se
aprofundar nos estudos da Física, mais especificamente os
buracos negros e a gravidade. Por conta disso, somando à sua
genialidade mais do que explícita, o meio científico vem comparando
a jovem com ninguém menos que Einstein.
|
 |
A
história sobre como sua professora, Anne Sullivan, conseguiu romper
o isolamento imposto pela quase total falta de comunicação,
permitindo à menina florescer enquanto aprendia a se comunicar,
tornou-se amplamente conhecida através do roteiro da peça The
Miracle Worker que
virou o filme O
Milagre de Anne Sullivan (1962),
dirigido por Arthur Penn (em Portugal, O Milagre de Helen Keller).
Seu aniversário em 27 de junho é comemorado como o Helen Keller Day
no estado da Pennsylvania e foi autorizado em nível federal por meio
da proclamação presidencial de Jimmy Carter em 1980, no centenário
de seu nascimento. Tornou-se
uma célebre e prolífica escritora, filósofa e conferencista, uma
personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das
pessoas com deficiência.
Keller viajou muito e expressava de forma contundente suas
convicções. Membro do Socialist Party of America e do Industrial
Workers of the World, participou das campanhas pelo voto feminino,
direitos trabalhistas, socialismo e outras causas de esquerda. Ela
foi introduzida no Alabama Women's Hall of Fame em 1971.
|
 |
Malala
ficou famosa após levar um tiro de um talibã quando
tentava ir para escola no vale de Swat, Paquistão. Depois disso a
garota fugiu para o Reino Unido, onde foi operada e pôde escrever um
livro no qual revela a realidade da vida no país. Em
2014, aos 17 anos, Malala se tornou a mais jovem ganhadora do Prêmio
Nobel da Pazpor
defender o direito à educação e a equidade entre garotas e
garotos. No seu discurso de aceitação do prêmio, disse: "Se
você quiser ver seu futuro brilhar, você deve começar a trabalhar
agora e não esperar por mais ninguém". Apesar
de ficar muito feliz por ter sido aceita na instituição de renome,
a jovem lembrou em seu blog de
todas as garotas que não poderão completar o ensino básico: "Eu
prometo continuar lutando até o dia em que toda menina puder vestir
seu uniforme, arrumar seus livros e caminhar para a escola sem medo".
|
 |
Joana
D’Arc Félix de Souza, 53 anos, superou a falta de estrutura, a
fome e o preconceito para se tornar cientista, PhD em química
pela renomada Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. Hoje,
ela soma 56 prêmios na carreira, com destaque para a eleição
de ‘Pesquisadora do Ano’ no Kurt Politizer de
Tecnologia de 2014, concedido pela Associação Brasileira da
Indústria Química (Abquim). Desde
2008, ela também é professora da Escola Técnica Estadual (ETEC)
Prof. Carmelino Corrêa Júnior, mais conhecida como Escola Agrícola
de Franca, cidade do interior de São Paulo, e molda novas gerações
a seguirem sua trajetória inspiradora.
|
 |
De
família pobre, Bruna dedicou quase todos os seus dias no ano passado
para se preparar para essa disputa: pela manhã, ela cursou o
terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual Alberto Santos
Dumont, localizada no Sumarezinho, bairro de classe média de
Ribeirão Preto. Durante a tarde, estudava sozinha. À noite,
frequentava diariamente o cursinho popular PET-Medicina, iniciativa
dos estudantes de medicina da USP na
cidade, que dão aulas voluntariamente a estudantes de baixa renda.
|
 |
Débora
já venceu (duas vezes) a Feira Regional de Ciências e Cultura
(Crede 09), a Feira Estadual de Ciências e Cultura, foi premiada em
mais de 10 competições científicas; em 2016 teve seu projeto
premiado no desafio Criativos
da Escola e
representou lindamente o Ceará e a região Nordeste no Transformar
2017. Débora
representou a região Nordeste no Transformar 2017, o maior evento
sobre inovação na educação brasileira. Envolvida com projetos
científicos e sociais durante todo o ensino médio, Débora já
venceu a Feira Regional e a Feira Estadual de Ciências e Cultura
promovida pela Seduc, foi premiada em mais de 10 eventos científicos
nacionais e internacionais e foi uma das vencedora s
do "Desafio Criativos da Escola 2016" com o projeto Entre
Versos e Rimas: História e Cultura Local Frente à Homogeneização
Cultural.
|
 |
Dona
Leonides passou a infância na lavoura. Começou a trabalhar como
doméstica e lavadeira, mas nunca perdeu o foco. “Eu era meio
triste, as pessoas falavam que era analfabeta, parecia que tinha uma
faca que cortava o coração”, contou ela. Foi
quando ela, aos 67 anos, decidiu botar em prática o sonho de
aprender a ler e escrever, junto dos cinco netos. Em
2014, mais uma conquista. Dona Leonides se formou em História da
Arte na Universidade da Terceira Idade, na Uerj. “Eu sonho grande,
não sonho pequeno, não”, brincou ela.
|
Você conhece outras mulheres inspiradoras? Conte pra gente nos comentários.
Comentários
Postar um comentário